17/09/2014

Cenas







Nós somos violentados por palavras
a cada instante
E por que não nos desintegramos?
Por que nos mantemos de pé?
Talvez por sermos muitos em nós
O eu da força
O eu do amor
O eu do abandono
O eu que “nem te ligo”

Sou aquele que me vejo multifacetado
E por isso permaneço vivo
A cada problema que surge
um dos personagens põe-se a resolvê-lo
Razões da liberdade
Não clausura do tempo
Permissão de sair de cena
Quando o outro chega
Eu de fora a descansar

Quando chega o forte, sai o fraco
O romântico cede a cena ao bruto
Quando se fizer necessário
O eu das variedades
O homem a mulher
Até o fim, a brincar de esconder
Quando um sai o outro tende a aparecer
No girar da vida
 A ludibriar você


2 comentários :

  1. Somos todos múltiplos, mas poucos sabem usar essa diversidade de papéis a favor da humanidade. Você é uma sábia, Sonia. Parabéns!

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    Respostas
    1. Olá, Rita, boa noite! Não é tão fácil assim usar as múltiplas faces que estão em nós, às vezes precisamos lançar mão de uma que nem conhecemos e está ali dentro quieta e não sabemos o que ela vai aprontar. Enfim, a gente aprende a cada dia nesse mundo de tantas interações.

      Muito grata pela visita.

      Beijos!

      Sonia Salim

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Sonia Salim