09/12/2014

O Último Apelo




       Hugo Feijó Fº

Cansativa e longa travessia por lugares que jamais andei
Minha estrela ainda vai brilhar e fazer você sentir saudade
Não vou me esquecer das promessas que um dia te falei
Não estou preocupado com a estética, nem com a idade

Por mais que você não acredite nada vai ser como antes
Estou pensando até em apelar para a tradicional bruxaria
Você já nem responde mais aos meus apelos incessantes
Vivo numa tremenda solidão, não tenho visto a luz do dia

Os dias tornaram-se longos, e a noite parece não ter fim
Estou pensando em fazer um feitiço pra fazer você voltar
Quanto mais eu tentava mais você se distanciava de mim
Naquela ocasião não havia clima para se tentar recomeçar

Não vale a pena ficarmos remoendo as coisas do passado
Aprendi com a vivência que a felicidade um dia vai aparecer
Os piores momentos vividos a seu lado vou deixar de lado
Nos meus sonhos notava a sua presença, sem nada dizer

Quero contar com a sorte quando a coragem tentar sumir
Nosso amor era tão forte que até parecia desafiar o tempo
Ainda não me sai da cabeça o fatídico dia em que a vi partir
Um amor que não poderia ter fugido em nenhum momento



4 comentários :

  1. Muito romântico o Feijó. Nunca senti dor assim, mas faço uma ideia. O amor vivido e partido é muito mais triste que o amor platônico. Parabéns, Sonia, por sempre disseminar a poesia.

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    1. Obrigada, Rita, pela presença no blog "Adornando a vida", mais uma vez, prestigiando o poeta Hugo Feijó. Amores acidentados são complicados, acho melhor fechar a página e abrir outro livro em novos formatos. Mas se o amor resistir no tempo, lutar por ele pode ser interessante. Muito bom para refletir, não?

      Abraços! Sonia Salim

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  2. Sônia
    Um belo poema, em forma de crônica.
    Relata acredito aquilo que cada um já sentiu por instantes na vida. Muitas vezes quando se perde se vê o valor, e na hora que está conosco não damos o devido valor, ou por falta de dialogo ou de compreensão.
    Viva a vida, a paz e a sabedoria de saber perdoar.
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau

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    1. É verdade, Adalberto, se formos olhar para o passado e para a vida de forma geral, vamos lembrar que já passamos por casos semelhantes ou presenciamos isso na vida de amigos. Achei importante o poema para refletirmos um pouco.

      Muito grata. Abraços! Sonia Salim

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Grata

Sonia Salim